MANIFESTAÇÕES POPULARES
sábado, 11 de abril de 2009
Cultura de Rua
Cultura Popular Brasileira é Múltipla e Diversa
Cultura popular é a cultura do povo. É o resultado de uma interação contínua entre pessoas de determinadas regiões. Nasceu da adaptação do homem ao ambiente onde vive e abrange inúmeras áreas do conhecimento: crenças, artes, moral linguagem, costumes, idéias, tradições, hábitos, artesanato, folclore, etc. Quais os projetos culturais de relevância nos bairros periféricos? Um exemplo disso é a reunião de repentistas na Praça Cairu, no Comércio.
A Fundação Gregório de Matos fez um mapeamento e identificou algumas áreas culturais de Salvador. São elas: Brotas, Centro, Federação, Liberdade, Miolo Central, Orla Atlântica, Península e Comércio, Subúrbio. Nesses locais existem inúmeras manifestações culturais populares. Uma das mais interessantes se encontra no bairro da Liberdade: o Ilê Aiyê. Fundado em 1° de Novembro de 1974, no Curuzu, na Liberdade, o Ilê Aiyê, com 3 mil associados é hoje um patrimônio da cultura baiana, um marco no processo de reafricanização do carnaval da Bahia.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Balé Folclórico da Bahia representa a arte popular
terça-feira, 7 de abril de 2009
Bem-vindo à Feira de São Joaquim, reduto da cultura popular de Salvador
Lá é possível encontrar plantas e ervas para chás e para banhos; imagens de santos e animais vivos para rituais de religiões africanas, como pombos, bodes e galinhas, além de especiarias e temperos da culinária baiana. Inusitados cortes de boi são expostos em barracas, como testículos e olhos, enquanto na área da enseada, porcos, cabras e bodes passeiam livremente e comem bagaço de cana de açúcar. Há ainda artesanato popular com barro, palha e madeira; um mercado do peixe, flores e plantas e até Pramil, o Viagra clandestino.
Este intrincado labirinto abriga uma das maiores concentrações de expressões culturais populares da cidade de Salvador e por isso já foi tema de filmes, documentários, exposições, teses e outras tantas manifestações artísticas, que buscam retratar a singularidade e riqueza desse micro-cosmo social.
Conheça "Seu" Alcides, um simpático vendedor de jaca que conquista os clientes oferecendo seu produto em forma de repente e acompanhe esse artista popular em um passeio pela Feira de São Joaquim.
(por Simone Cabral)
domingo, 5 de abril de 2009
Arte produzida por jovens de comunidade carente mostra cultura africana
O grupo de jovens da comunidade carente da Lagos dos Patos, em Lauro de Freitas, apesar das dificuldades existentes, não deixam morrer a cultura local, herdada pelos esravos negros africanos e pelo indíos brasileiros e permanecem atuantes para que ela permaneça viva na nossa história.
Os jovens criam e confeccionam roupas com material reciclado, com temáticas africanas. Os mesmos participam de desfiles, apresentações, e não medem esforços para isso. Procuram patrocínio, andam quilômetros para realizar as apresentações, tudo isso com muita felicidade expressa nas fisionomias.
Algumas peças fazem referência à divindades do Candomblé, com cores, modelos e acessórios. Outras remetem à cultura cristã, como anjos e noivas de branco, véu e grinalda. E ainda modelos da cultura indígena e africana. Todas artesanais e feitas com originalidade e criatividade.
(Por Nayara Lobo)
Grupos de Percussão são atrativos em Lauro de Freitas
Grupo de percussão da Lagoa dos Patos
Confira as fotos da apresentação
O grupo de percussão do Brilha-aê conta com 48 crianças, com idade a partir de três anos, todas moradoras do Bairro Lagoa dos Patos, em Lauro de Freitas. A comunidade aprova a iniciativa e colabora com o trabalho social. A verba para manter o projeto é arrecadada na localidade, entre os comerciantes e os moradores. As apresentações são feitas no próprio bairro e não visam dinheiro, mas lazer e cultura.
Para participar, os alunos precisam estar na escola. "se tiver algum que queira entrar e não estiver estudando, vou na casa dos pais para conversar com eles e primeiro matricular na escola para depois entrar no grupo", informa Washington. Ele acrescenta que existe um esquema de notas: "quem tiver as melhores notas na escola fica na fila da na frente da percussão. Os com piores notas, ao fundo."
" A deficiência de lazer aqui na comunidade me fez tomar a iniciativa. As pessoas pediram para eu dar aula de capoeira, e quando ví a empolgação da meninada, tive a idéia de montar os outros grupos."
Washington Silva, 40 anos
- Instrumentos utilizados para aprender percussão
Marcação
Timbau
Latas
Caixas
Barril
Atabaque
As crianças iniciam com a lata, para aprender os toques. Depois de lapidadas, elas passam para os instrumentos para não danificá-los. Todos os comandos são realizados através de toques de apito, pelo próprio Washington.
Grupo comando negro
Além do grupo Brilha-aê, existe também o Comando Negro em Lauro de Freitas, liderado pelo professor conhecido como mestre Caveirinha. O Comando Negro é um grupo mais estruturado, voltado para a profissionalização. "Quando um aluno já está bom, eu mando ele pra lá, para ele crescer. Mando por ano de 4 a 5 pessoas. De lá eles fazem apresentações, seguem para outros grupos como a escolinha Olodum Mirim", explica Washington.
Vídeo com apresentações dos grupos Brilha-aê e Comando Negro
História da percussão
Flávia Souza
Ao pensarmos em sons ou em percussão podemos perceber que a sua história vem desde os tempos da Idade da Pedra, onde os homens primitivos se comunicavam através de bater de palmas, gerando determinado ritmo. As pedras também eram usadas para emissão de sons. Essas pedras tinham um formato convexo que permitia uma melhor adaptação as mãos e imaginamos que elas eram usadas batendo umas nas outras, o que também gera som Essa análise também pode ser aplicada a pedaços de pau, bastões e ossos de animais.
Existem algumas provas de que naquele tempo já existia a percussão: as provas arqueológicas, que são os objetos petrificados achados por arqueólogos, os desenhos encontrados nas cavernas. Por isso nos é permitido dizer que a história dos instrumentos musicais e consequentemente da percussão data do período dos homens das cavernas.
Instrumentos de Percussão são instrumentos musicais cujo som é obtido por impacto, atrito ou agitação, pode ser utilizadas baquetas para a emissão do som. Embora haja uma variedade de instrumentos produzidos especificamente para esse fim, qualquer batuque feito com objetos comuns pode ser considerado percussão. Podemos fazer a percussão utilizando tampas de panela, potes de alimento, mesas, cadeiras, caixas, talheres, pratos, lata de tintas como é o caso dos meninos da Lagoa dos Patos, que começam ater aulas nas latas para poder treinarem a força no braço para depois passar para instrumentos.
Analisando os diversos tipos de sons identificamos os da percussão por emitir sinais de curta duração, explicando em linhas gerais podemos dizer que ele sai do silencio, atinge seu maior nível e torna a decair ate cessar, embora isso não se aplique a todos os instrumentos de percussão, já que os sinos continuam e emitir sinais algum tempo depois de tocado.
sábado, 4 de abril de 2009
Você conhece Maculelê?
Maculelê é um misto de dança e luta, de origem afro-indígena, na qual os particiantes utilizam bastões de madeira para lançar e se proteger de golpes. Acredita-se ter evoluído do cucumbi (antigo folguedo de negros), e é geralmente associada à capoeira. Pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que dá um bonito efeito visual pelas faíscas que saem após cada golpe. Geralmente o Maculelê é exibido na festa de Nossa Senhora da Purificação, na cidade de Santo Amaro, Bahia.
Danilo Dias e Daniel Cerchiari dançando Maculelê
As apresentações são realizadas geralmente com as rodas de capoeira de Salvador e Região Metropolitana. As imagens exibidas na matéria são do grupo Brilha-aê, de Lauro de Freitas; um vídeo é a apresentação de uma turma de jovens e adulto da Estrada do Coco e do grupo mirim da Lagoa dos Patos. No Centro Cultural de Lauro de Freitas, em Portão, também se apresentam vários grupos encenando o Maculelê
Existem duas lendas mais disseminadas sobre a origem. Uma diz respeito a 22 homens, idosos e doentios que ficaram em uma aldeia enquanto os jovens foram caçar, quando aconteceu uma invasão e eles, desarmados, utilizaram paus para se defender e afugentaram os inimigos. A outra é de um negro fugido, de nome Maculelê, com doença de pele, acolhido por uma tribo indígena, que defendeu-a sozinho, apenas utilizando as madeiras e saiu vitorioso.
Instrumentos:
São 3 os atabaques usados no Maculêle, com as seguintes denominações e funções:
- o Rum: é o atabaque maior com som grave;
- o Rumpi: é o atabaque de tamanho médio com som "médio";
- o Lê: é o atabaque pequeno com sm mais agudo.
Músicas de Maculelê
CABANA DE GUERREIRO
Mestre Suassuna/Grupo Cordão de Ouro
Certo dia na cabana um guerreiro
Certo dia na cabana um guerreiro
Foi atacado por uma tribo pra valer
Pegou dois pau
Saiu de salto mortal
E gritou pula menino
Que eu sou Maculelê
Pula lá que eu pulo cá
Que eu sou Maculelê
Pula lá que eu quero ver
Que eu sou Maculelê
Pula eu pula você
Que eu sou Maculelê
(por Nayara Lobo)
Slide Show - Flávia Santos